terça-feira, 27 de outubro de 2009

histórias

Lembrei agora de uma expressão que usava o falecido José Maria Pedroto nos seus tempos de treinador: “Há dias em que para fazer aquilo que faço, sou muito mal pago mas há outros, em que para fazer aquilo que faço, sou muito bem pago”.
E hoje, devo reconhecer humildemente que fui muito bem pago para fazer aquilo que fiz. Uma reunião com um cliente fez-me largar as folhas de Excel por umas horas. Um dos participantes desta reunião era um conhecido cronista e enófilo, um homem com vasta experiência e imensas histórias para contar. Sinto-me na obrigação de vos transmitir algumas delas que, sublinho, valem o que valem e que portanto, cada um de vocês julgará.
As primeiras histórias centraram-se nos caminhos de ferro. A origem do nome de Afife por exemplo, conhecida vila próximo de Viana do Castelo, está intrinsecamente ligada aos Caminhos de Ferro. É conhecido o gosto que os ingleses tinham pela região há muitos anos atrás mas, chegados a Viana do Castelo, viam-se obrigados a perguntar como fazer para là chegar. Ora, à pergunta "which station?", a resposta era simples: “ the fifth” que mais tarde deu origem ao nome Afife. Se usarem a linha do Douro, verificarão que existe uma estação chamada "Nine" que pronunciamos tal qual se lê. Curiosamente, trata-se da nona estação a partir do Porto. Outra história interessante é a do desenvolvimento da Granja que se ficou a dever nada mais nada menos que ao Conde de Burney, residente na área que por ser administrador da Companhia de Caminhos de Ferro exigia que o comboio parasse perto de sua casa. Ora esse facto levou a que muitos construíssem as suas casas próximo da paragem do comboio.
A origem dos decanter´s também tem a sua piada. O general Nelson, grande apreciador de Vinho do Porto e farto de entornar as suas garrafitas com a ondulação do mar, pediu aos seus engenheiros da época para desenharem uma garrafa que não entornasse. Estima-se que seja essa a origem do decanter e não o facto de proporcionar oxigenação ao vinho.
A origem do nome Japão também terá origem nos navegadores portugueses que impedidos pela forte ondulação de ligarem os fornos para cozerem pão nos barcos, gritavam mal viam terras nipónicas: “Já há pão!!!”.
O tradicional "molete", nome atribuído ao pão no norte do país, terá a sua origem num padeiro chamado Monsieur Mollet que um Senhor francês dos tempos das invasões napoleónicas terá trazido consigo. A expressão “dá-me um pão do Mollet” passou rapidamente a “dá-me um molete”.
Tempo ainda para contar uma pequena história sobre as batalhas em que tal como hoje em dia, os portugueses não perdiam a oportunidade de ir assistir. Ora, para além de assistir, aproveitavam para usurpar algum equipamento aos ingleses que, sublinha-se, vinham para nos ajudar contra os franceses. Os generais ingleses fartavam-se de repetir “Lock it” para os seus pupilos no sentido de evitar esses pequenos furtos. Ora, os nortenhos rapidamente transformaram o “lock it” em "aloquete" termo bastante usual no norte do país mas totalmente ignorado no sul.
Volto a dizer que estas histórias valem o que valem. Terá sido assim mesmo? Pela minha parte, até me arranjarem outras explicações credíveis, vou tomá-las por verdadeiras.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

só mais um fds

Chegou a chuva, o tempo de inverno, a mudança da hora e…. a depressão!!! Claro que só para quem quer… No que me diz respeito, tive imensa dificuldade em encontrar algo que substitua a minha ocupação dos últimos fins de semana: a praia! Depois de vários meses de sol, de calor, de bronze… Senti-me como que desorientado mas nada que não se solucionasse rapidamente. Assim, substituí a toalha pelo sofá e o sol pelo auto-bronzeador. Devo dizer que terminei a tarde com o espírito rejuvenescido, moreno e alguma dor nos rins… exactamente como se tivesse passado umas horas estendido na areia!
No Domingo, optei pelo programa mais improvável!
Sim… improvável é o termo! Diria que se me perguntassem quais as coisas que poderia fazer num Domingo à tarde de forte nebulosidade, assistir às finais do campeonato nacional de boxe em Condeixa (que diga-se de passagem não condeixa saudades), não faria parte seguramente das respostas que mencionaria. Nunca fui grande admirador de boxe na verdade, mas não podia deixar de apoiar um amigo que participava numa dessas finais.
Tenho alguma dificuldade em perceber este desporto e asseguro-vos que era impensável poder praticá-lo. Não que seja contra a violência que me parece do mesmo nível da que se vê noutras modalidades mas mais porque, no final de cada “round” seria incapaz de abraçar e/ou cumprimentar alguém que, nos últimos 3 minutos, passou o tempo a acertar-me com uns ganchos ou uns directos de esquerda. Vejo-me ainda a pedir desculpa ao adversário sempre que achar ter ultrapassado os limites da força…. Não, não!!! Não sou de todo talhado para isso.
Mas a verdade é que gostei imenso e para além do combate do meu amigo, fiquei para assistir a todos os outros combates da tarde. O espectáculo ultrapassou as minhas expectativas (tirando o facto de ser imperdoável não haver uma senhora de bikini empunhando a placa que anuncia o número do “round” seguinte). Achei ainda o ambiente na bancada sensivelmente idêntico ao que se vive nas bancadas de outro tipo de competição… Sim porque gritarem “DÁ-LHE” é coisa que normalmente se ouve nos estádios e pavilhões deste país! Depois de escolhido ao acaso e sublinho ao acaso o atleta que iria apoiar no combate seguinte (normalmente o adversário dos atletas do FCP), dei por mim várias vezes a aplicar vários golpes no ar tal era o entusiasmo que se ganha com a coisa!!!
Enfim, apesar da derrota do meu amigo, gostei da experiência! Ah e lembrem-se… sou amigo do vice-campeão nacional na categoria de 81 Kgs – consagrados, ok!!!
Quantos são, quantos são??? Não tenho medo de ninguém…



PS: Não sei se vos tinha dito mas não estarei cá esta semana e tal... Lembram-se???? (clica aqui para relembrares) he he


Som da semana: Gui Boratto - No turning back

terça-feira, 20 de outubro de 2009

relax, pensava eu?

Não está fácil!!! Diria que estou a passar actualmente pela pior fase da minha vida profissional… até hoje claro porque estou certo que esta vida de números e folhas de excel me vai proporcionar momentos bem piores no futuro!!!!
Mas bom, nada melhor do que me oferecer uns momentos de relax no cabeleireiro até porque precisava mesmo de cortar o cabelo. Digo relax porque desde criança que consigo descontrair-me (se calhar até demais) quando me passam a mão pelo “pêlo”… vá-se lá saber porquê!!!
O problema é que hoje, afazeres profissionais desviaram-me da rota habitual e vai daí, ocorreu-me: “deixa-me cá experimentar este aqui!!!”
Tratando-se de umas instalações recentes, fui recebido com todas as honras, claro está… o intuito era ganhar mais um cliente! Tudo apontava nesse sentido e corria muito bem até ao momento em que me sentei para lavar a cabeça… Uma senhora de porte considerável inclinou-se e atirou-se aos meus cabelos assim como quem esfrega roupa num tanque… Lembro de pensar cá com os meus botões: “socorrroooooooooo”
Ufff... Bela sessão de relax!!! Mas o pior estava para vir… No final, a simpática e atenciosa senhora deu a volta ao “tanque” e depois de me cobrir a cabeça com a toalha, decidiu centrifugá-la tal e qual um tambor, encaixando-me o nariz no meio das….. euhhhhh… do peito, e rodando-a a grande velocidade, pergunta: “Vai arranjar as unhas?”
Hhhhhhhuuuummmmm… Pergunto-me se essa era uma técnica para me convencer a aceitar essa prestação de serviços???
Confesso que até fiquei aliviado ao constatar que não era essa senhora que me ia cortar o cabelo!
A grande questão é a metrosexualização a que as gajas nos sujeitam actualmente!
Já nos besuntamos com tudo o que é cremes por causa disto e para proteger daquilo, depilamo-nos e patati patata…
Se agora, passamos a fazer manicure, o próximo passo será andarmos de saltos altos???
Ponho-me a pensar...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

em defesa da minha honra...

Nada como o primeiro dia da nova legislatura (hhhuuummm... escrevi isso ontem à noite, ok!) para pedir licença aos meus leitores e defender a minha honra face às declarações quase ofensivas (?!), proferidas contra a minha pessoa num comentário ao meu último post.
Por favor, chamem-me nomes se quiserem, agora tratar-me por quarentão é que não!!!

Pelo resto, olhe… vou ali e já venho! ppppffffftttttttttttt

No fundo, achei curioso ser alvo de tamanha provocação. E digo provocação porque quem me conhece sabe que estão ali “escarrapachadas” ideias com as quais não podia estar mais em desacordo!
Primeiro, não estabeleci para mim qualquer padrão de “idade versus papel a desempenhar” isto é, nunca vou definir a minha vida em função de um timing pré-estabelecido. Exemplificando, não vou agora casar a correr e ter filhos porque, como dizem os meus pais: “quando tínhamos a tua idade, já éramos pais de 3 filhos”.
E desculpe mas não continuo solteiro porque quero… Lamento mas a ideia que tenho da coisa é que não basta carregar num botão e já está! Ou sentes ou não sentes, ponto final…
Já tive relações saudáveis, tive e tenho responsabilidades (algumas até de dimensão apreciável) e sim, sou exigente… eeuuuhhhhh… Isso é um defeito??? Volto a pedir desculpa mas para mim, quero sempre o melhor… se puder ser? Quanto às noitadas sistemáticas, receio não ter percebido. Só saio à noite ao fim de semana mas a filha da vizinha com 18 anos e os meus pais com mais de 60 também saem... Porque é que eu devo ficar em casa?
E finalmente, não tenho medo de não poder levar esta vida boa ao lado de uma mulher porque, se efectivamente me juntar a alguém, o intuito será complementar essa vida boa!!! Não sou o tipo de pessoa que vai deixar de ser aquilo que sou porque estou ao lado de alguém: isso seria enganar essa pessoa mas pior, seria trair-me a mim mesmo. Costumo dizer que “What u see is what u get”!!! E portanto, se cometo um excesso hoje porque me apetece, garanto que cometerei o mesmo excesso sempre que me apeteça, tão simples quanto isso!
Agora, sem querer chocar ninguém… Deixem-me ainda acrescentar que sou homem de construir família sim! Talvez seja ultrapassado ou até mesmo ingénuo mas ainda acredito na alma gémea e no amor para a vida… Admiro e sinto até orgulho por ver os meus pais casados há mais de 40 anos. E é isso que quero para mim! Mas não está a ser fácil encontrar alguém disponível para um compromisso tão longo…

Finalmente, “a mulher pode dar-te tudo o que a mota te proporciona”… Não duvido mas como escrevi no texto anterior, não tenho paciência para livros de instruções!!! Não me interessa a montanha de “merdiquices”, extras e afins que a minha mota me pode proporcionar, gosto muito dela mesmo quando está 'quieta' na garagem!

Som da próxima semana: Alphaville - forever young

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

moto

Nada melhor neste rescaldo das eleições autárquicas do que falar-vos de coisas realmente importantes como…… euh…… motos!!!
Gosto muito da minha moto!!!
Gosto muito dela porque me diverte e porque me relaxa…
Gosto muito dela porque quando estou em cima, consigo abstrair-me de tudo i.e. dificilmente penso noutra coisa senão nela… euhhhhhh… e vá là, por inerência, em mim também!!!
Gosto muito dela porque é a mais linda… e ai de quem disser o contrário!
Gosto muito dela porque não podendo ter o carro dos meus sonhos, fico feliz sempre que a vejo na minha garagem.
Não diria como muitos que se trata de uma paixão. Nada disso!!! A verdade é que não percebo nada de motos… ao ponto de ter que me virar para os amigos se alguém me perguntar coisas complicadas como:”Quantos cavalos tem a tua moto?” ou ”quantos cilindros?”. É que, como para todos os meus pertences, ainda não arranjei tempo nem paciência para ler o seu livro de instruções (percebem agora porque é k ainda sou solteiro!). Mas bom, para evitar mais atrasos, prometi a mim mesmo este fim de semana, acertar ao menos as horas no conta-Kms.
Não sendo eu um aficionado, gosto de apoiar os meus amigos e vai daí, estive este fim de semana no autódromo de Braga a assistir aos treinos de qualificação do Campeonato Nacional de Motociclismo. Confesso que fiquei admirado com aquilo que muitos sentem pelas motos… Diria mesmo que deu para perceber que muitos adoram-nas e tratam-nas como verdadeiras “meninas”: como o nome indica, são verdadeiros AMAntes!!! Apesar da experiência de poder estar na box e ver de perto, quer as lindas meninas, quer o ambiente que se vive nessas provas, penso que vou manter a minha postura de… AMAdor (como o nome indica)!!!

Som da semana: Christian Marchi - Love, sex, american express

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Pese embora...

E pronto, eu desisto!!!
Não dá… vocês desculpem mas esta batalha desigual já dura há alguns meses e verdade seja dita, não tenho a mínima hipótese contra este adversário de peso: a minha balança.
Tenho-me esforçado, a sério que tenho… Passei a ter muita atenção com aquilo que como! Substituí as francesinhas pelo sushi (mas isso não sei se conta porque me tornei de tal forma apreciador que ingiro doses industriais), as batatas fritas por saladinhas, as natas por gelatina e patati patata… E a coisa até resulta, não vou dizer que não! Mas o problema é que passo duas semanas de intensa abstinência para perder 3 Kgs e meio e num fim de semana de fraqueza, diga-se mas só por coincidência, num fim de semana em que os meus pais foram para fora… pimba! Os famosos 3, 5 Kgs voltaram a aparecer!!!
E eu juro que tive um especial cuidado com aquilo que comi para além de que segui todos conselhos da minha nutricionista que graças a Deus está em França (escolhi uma francesa não por ser chique mas por ser minha prima, ok!) e portanto, longe de saber o meu peso real. Sendo assim, optei por restaurantes de primeira sempre… vocês conhecem-me! No Pizza Hut, optei pela pizza Funny Bacon só pelos legumes (Cogumelos e tomate) porque não fazem engordar. No McDonald´s, pedi o McRoyal que, para além da alface, é composto por tomate e pepino; no burger King, o Whooper que claro está, só tem um hamburger-zito pequeno mas em contrapartida, está recheado de legumes… Para variar um cadito, também fui ao Kobe (novo japonês da PVZ), pedi duas dose-zitas de sushi (para duas pessoas, parece-me lógico!) que é peixe e também não faz engordar mas curiosamente, fizeram-nas acompanhadas com 3 pares de pau-zinhos (ainda não percebi bem porquê). Finalmente, não comi nenhuma sobremesa em todo o fim de semana e até fiz bastante exercício… euhhhhhhhhh… sim, fiz!!!
Agora, digam-me!!! Depois de uma dieta destas, como é possível engordar 3 Kgs em 3 dias!!!
Deve ser do meu metabolismo, só pode!!!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Como despachar um encalhado???

Não sei se vocês já viram mas esse é para mim o filme perfeito para um domingo de chuva! Nada de muito pesado e susceptível de nos tirar o sono. Pessoalmente gostei imenso porque se encaixa na perfeição na minha realidade. É verdade!!! Sinto-me o verdadeiro Matthew McConaughey dessa história só que mais giro claro! Porquê? Pois bem, é que também sou um solteirão, mas com menos idade (cufcufcuf tosse profunda!), que ainda vive com os pais. Sei que devia viver por minha conta e risco mas já tive a minha experiência solitária e, diga-se em abono da verdade, apesar de ter algumas vantagens, é algo que só voltarei a repetir em caso de extrema necessidade. Isso porque me aflige a solidão! Mesmo adorando poder usufruir do meu espaço, gosto imenso de saber que do outro lado da porta, tenho sempre alguém pronto para me aturar.
Diria que sou o estereótipo do gajo que é bom filho e portanto à casa torna!
Mas há uma coisa nessa parte de ser um bom filho que me começa a irritar profundamente! Trata-se nada mais nada menos do embaraço que é causado pelo facto de ser solteiro. Sempre que a conversa se inclina para este assunto, seja numa reunião de trabalho, na sala de espera do dentista ou numa conversa de circunstâncias em qualquer outro sítio, apercebo-me do olhar das pessoas que com o passar dos anos se torna cada vez mais desconfiado. Como explicar-vos?!? Mal atiro o meu estado civil, quase que poderia responder em simultâneo à pergunta seguinte que é invariavelmente a mesma: filhos? “Não”... Aí, constato que o meu interlocutor inclina ligeiramente a ponta do nariz para a direita e semi-cerra os olhos para me fulminar com um olhar de “deves ser pouco gay, deves!!!”
A solução??? A solução foi simples meus amigos!
Já não sou um encalhado, sou um divorciado! Aqui entre nós, era gajo para dizer que muitos me invejam por ter chegado a esse estado sem passar pela parte do casamento... he he

Autumn resolution






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hhhuuuuummmm Se calhar o som da semana deveria ser: I will survive

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Os homens são uns heróis!?!?

As coisas que me lembro…
Coisa rara (!?), abdiquei esta semana de ir ao cinema ver o “ABC da sedução”. Diria que talvez me fizesse jeito mas não me arrependo! Queria muito ver um filme que já há algum tempo anunciavam na TV Cabo: Hancock. Primeiro porque acho o Will Smith o actor mais completo da sua geração (euhhhhhh…. Talvez devesse repensar esta afirmação!)… A verdade é k gosto do gajo, pronto! E depois porque claro, nem que o filme não prestasse, teria sempre a Charlize para me ajudar a passar o tempo.
Aquilo que vos posso dizer sobre este filme é que compreendo agora porque é que foi um fiasco de bilheteira! Só não percebi muito bem onde foram gastos os 150 milhões do seu orçamento.
Até acho a ideia do super-herói impopular, bêbado e mal-amado engraçada mas o argumento do filme não explora muito essa vertente e leva-nos para uma história de amor esquisita que termina num drama ridículo. Enfim… Retenho apenas uma coisa deste filme: então não é que o super herói imortal e tal, cheio de força e seguro de si transforma-se num ser vulnerável, fraquinho e sem piada quando está ao pé da pessoa amada.
Ui ui… Afinal, já tinha visto esse filme muitas vezes!!!