Uffffff… Devo admitir que vou ter alguma dificuldade em escrever este texto tal é o cansaço que carrego comigo no regresso destas férias.
Foi só mais uma viagem da confraria das Capitais cujo destino recaiu este ano em Budapeste (depois de Praga e Roma). E não, não fui uma peste, soube muito bem representar Portugal... Levei a unha do dedo mindinho bem grande e afiada e um farto bigode!
Aquilo que vos posso dizer é que a cidade não me surpreendeu i.e. não ficou aquém mas também não foi m

uito para além das expectativas. Achei o ambiente muito semelhante ao que se respira em Praga. Tem locais bonitos, alguns mágicos mas devo admitir que em nenhum momento abri a boca de espanto.
Nota-se que é uma cidade em plena evolução ou melhor em reconstrução mas de forma extremamente bem pensada ao contrário do que acontece por aqui. São ainda bem evidente alguns sinais de pobreza (devo admitir que tive algum receio quando entrei para dentro de uma carruagem do metro que qual coador, tinha buracos causados pela ferrugem por todo o lado). Outra coisa que fica bem patente é a diferença entre o nível de vida na cidade e fora dela.
Recordarei para sempre monumentos como o parlamento, o palácio (castelo) e as respectivas vistas sobre o rio. Recordarei o autocarro anfíbio a “rolar” no rio que, chamem-me ignorante, nem

imaginava que existisse. E a simpatia das pessoas… Muito acima da média!
Recordarei ainda monumentos como o Morrison´s, o Cactus, o Piaf e sobretudo o Dock Caffe sendo este último simplesmente o melhor ambiente que vi em toda a minha vida. Lembro as palavras de um colega de viagem depois de alguns minutos nesta casa: “eu já estive em Ibiza mas isto está muito à frente”… Simplesmente, deslumbrante (e não me estou a referir a decoração)! Incrível a capacidade desta gente para se divertir sendo que o set do DJ alternava sucessos de épocas diferentes com grande à vontade. Era normal ouvir-se o último êxito dos Black Eyed Peas seguido do som que escolhi para esta semana! Tudo com o intuito de levar a pista ao rubro ao contrário do que acontece no nosso país onde grande parte dos Dj´s estão mais preocupados com a imagem do que com a animação da pista de dança.
Tempo ainda para ver locais magníficos mas iguais a muitos outros… a ópera, os museus sendo que num deles tive a oportunidade de ver a colecção do Boticelli “ao vivo e a cores”. Faltou só tempo para uns banhos nas águas quentes das termas que preferi substituir pela banheira do magnífico, super equipado e super-barato estúdio que alugamos no centro da cidade(200€ por 5 dias para 4 pessoas).
Decepcionante, o museu do terror sobre o holocausto… Não traz nada de novo! E ainda o labirinto que não passa de uma gruta comprida, escura e mal amanhada por baixo do castelo. Esta última apresentava como grande atracção, uma fonte que jorra vinho! Diria que a qualidade deste me levou a pensar que deveriam colocar uma plaquinha com a indicação de “VINHO NÃO POTÁVEL”.
Finalmente, uma palavra sobre os preços. A alimentação fica pelo mesmo preço do que em Portugal, a noite por metade do preço (vodka por aprox. 4€ mas disseram-me porque claro, eu não bebo nada dessas coisas) e vestuário pelo dobro. Comprovei-o por uma peça que comprei recentemente num “prêt à porter” chiquérrimo do Norteshopping: a Zara!
Mas acima de tudo e como sempre, foram dias de total "galhofa" entre 4 amigos que se divertiram imenso.
E agora, vou falar de futebol. Sei k se estão já a perguntar porque raio vai ele falar de futebol num texto sobre as férias em Budapeste. A verdade é que falo porque sou orgulhoso (ninguém é perfeito!)… Orgulhoso por ter visto o Benfica a perder mas ter assistido a uma grande partida de futebol, orgulhoso por a Sportv húngara passar 3 jogos no sábado à noite: Barcelona-Getafe; AcMilan-não sei com quem e Braga-Benfica. Isso custa, eu sei… Custa imenso a muitos portistas que fizeram questão de me transmitir o resultado do jogo no sábado mas que se esqueceram de mim na véspera. Custa porque todos sabem que, neste momento e sublinho
neste momento, o Benfica joga tanto como os grandes clubes europeus e daí ser visto até nos países de Leste. Ao contrário de outras épocas, senti orgulho…. Mesmo na derrota!
Som da semana: Dr Alban - It´s my life